Jesus serviu-se da figura do Pastor de ovelhas para fazer-nos entender um pouco do profundo significado e privilégio de confiarmos nossa vida aos seus cuidados. Em João 10:11, Jesus diz: “Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas.” Jesus não é um mero pastor, mas O Bom Pastor; o uso do artigo definido (O) aponta para Ele como o único Pastor e não um dentre muitos. Ele, Jesus, não é uma opção, mas a única. O adjetivo Bom qualifica este Pastor. É Pastor, porém Bom Pastor.
Nesta simples declaração, verificamos a amplitude da obra de Cristo. Por isso, é inevitável a pergunta: Qual o impacto que esta declaração tem sobre nossas vidas? Será que já avaliamos o que significa ter Jesus como o nosso Bom Pastor?
Tentemos avaliar um pouco. O que espera uma ovelha de seu pastor? Cuidados, proteção, alimento, segurança, carinho, proximidade, ... . A lista é extensa. Cada um de nós, de acordo com nossa experiência de vida cristã, pode adicionar outros itens.
Jesus diz mais ainda. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas. E foi exatamente o que Jesus fez por nós ao morrer na cruz.
Davi, conhecedor das necessidades e dificuldades diárias das ovelhas, pois ele mesmo um pastor de ovelhas, relata no Salmo 23 suas experiência pessoal de ter o Senhor como o seu Pastor. “O Senhor é o meu Pastor: nada me faltará.”
Quais as implicações dessa afirmação? Ao expressar nesse belo salmo o fruto de sua comunhão íntima com Deus, Davi nos deixa um testemunho inabalável de uma convivência pessoal com o Senhor.
Refletindo sobre a experiência de Davi, verificamos que Ele sabia avaliar o significado de ter o Bom Pastor como o seu Pastor.
Seu reconhecimento está expresso em sua declaração, porque o reconhece como o seu pastor, pessoal, próprio. Davi se apropria - meu - . “Nada me faltará” é a conseqüência de o Senhor ser o Pastor. É o Bom Pastor que faz repousar em pastos verdejantes; junto das águas de descanso, refrigera a alma,
guia pelas veredas da justiça, consola, exalta, cerca de misericórdia e de bondade.
Davi, de fato, sabia que as ovelhas estabelecem uma relação de total confiança com o pastor; seguem-no com dependência e submissão por onde quer que ele vá. A presença por si só do pastor transmite-lhes paz e segurança.
Esse relacionamento advém desse contato diário com o pastor. As ovelhas necessitam de seus cuidados e proteção todos os dias. Não apenas por algumas horas ou momentos. Por isso, porque estão dependendo dele e em sua companhia continuamente, elas o conhecem e sempre o reconhecerão.
Tal como na relação ovelha-pastor, nossa intimidade com o Senhor traz o conhecimento de sua pessoa, de seu caráter, de quem Ele é. Essa intimidade provém de uma comunhão constante com o Senhor; dia-a-dia ela deve ser mantida, momento a momento deve ser desenvolvida. Somente assim seremos capazes de reconhecer sua voz em meio a tantas vozes impostoras.
Para reconhecer é necessário primeiramente conhecer. Quando conhecemos realmente a Cristo, O Bom Pastor, de forma alguma, deixaremos de reconhecê-lo, de identificá-lo seja qual for a situação ou a circunstância na qual nos encontremos.
As ovelhas seguem o pastor porque lhe reconhecem a voz (João 10:4). Devido à convivência contínua, elas podem distinguir sua voz e saber que ele é realmente o pastor. Conhecer implica, pois, saber, experimentar, conviver. “Eu sou O Bom Pastor; conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem a mim.”(João 10:14). Nessa afirmação, Jesus deixa bem claro que esta intimidade proveniente da convivência traduz-se no conhecimento mútuo entre Ele - o Pastor - e nós - as ovelhas.
A comunhão com Cristo traz-nos a segurança de estarmos ouvindo sempre a sua voz. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.”(João 10:27). Assim, se o conhecemos, sabemos de fato quem Ele é, e, também, nos submeteremos e nos sujeitaremos a Ele, ou seja, o seguiremos e atenderemos à sua voz.
Se conhecer também significa conviver e experimentar; no momento em que conhecemos a Cristo, sem dúvida alguma, constatamos, sabemos que Ele é O Bom Pastor, que nos comprou “não com prata ou com ouro, mas com o seu precioso sangue”. E por isso, reconhecemos que somente Jesus tem direito sobre nós.
É este Pastor Supremo, que sacrifica sua própria vida para nos dar vida e que supre os anseios mais profundos de nossa alma, que apresentamos. Você também tem a oportunidade de declarar: O Senhor é o meu Pastor. Esta declaração é a decisão mais importante e sábia que um ser humano pode fazer em toda a sua existência. Você será conduzido pessoalmente pelo Senhor de todo o Universo, Aquele que tem o controle sobre todas as coisas. Nosso convite é simples. Venha ao Senhor Jesus e experimente a vida abundante mesmo em meio às maiores dificuldades e problemas que a vida possa trazer.
Elça.